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10/02/20 - Eventos e atividades coletivas
Estudantes estreiam novo material didático do Bernoulli

As aulas começaram na última semana e os estudantes já estão utilizando o novo material didático do Sistema Bernoulli de Ensino. Na galeria de imagens abaixo, exibimos o registro de alguns momentos do Ensino Fundamental I (turmas do 2º ao 5º anos) em atividade com os livros didáticos na tarde de hoje.

Da Educação Infantil ao Ensino Médio, todos os conteúdos estão adaptados de acordo com a Nova Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Para trabalhar com as novidades da melhor forma possível, o consultor pedagógico do Bernoulli, Joani Genelhu esteve com os professores, no final do ano passado, em dias de formação.

Como fundamentação teórica, todo o material didático do Bernoulli segue a “Taxonomia dos Objetivos Educacionais”, mais conhecida como “Taxonomia de Bloom”. “Para nós, do Bernoulli, foi uma feliz surpresa quando vimos que a Nova BNCC está baseada na Taxonomia de Bloom, pois este modelo educacional foi a base fundadora do Bernoulli”, afirmou Joani. “Com este alinhamento, foi bastante simples adaptar nossos conteúdos para a Nova BNCC, pois já trilhávamos este caminho. Então, a partir de 2020, toda a coleção de livros didáticos está em consonância com as novas diretrizes do Ministério da Educação”, completou o consultor pedagógico.

Mas, afinal, o que é a Taxonomia de Bloom?

A Taxonomia dos Objetivos Educacionais, também popularizada como Taxonomia de Bloom, é uma estrutura de organização hierárquica de objetivos educacionais. Foi resultado do trabalho de uma comissão multidisciplinar de especialistas de várias universidades dos Estados Unidos, liderada por Benjamin S. Bloom, no ano de 1956. A classificação proposta por Bloom dividiu as possibilidades de aprendizagem em três grandes domínios:

  • o cognitivo, abrangendo a aprendizagem intelectual;
  • o afetivo, abrangendo os aspectos de sensibilização e gradação de valores;
  • o psicomotor, abrangendo as habilidades de execução de tarefas que envolvem o aparelho motor.

Cada um destes domínios tem diversos níveis de profundidade de aprendizado. Por isso a classificação de Bloom é denominada hierarquia: cada nível é mais complexo e mais específico que o anterior. A classificação foi mais tarde revisada por diversos cientistas, como Lorin W. Anderson e David R. Krathwohl, co-autor do trabalho original.

As habilidades no domínio cognitivo:

  • Conhecimento: memorização de fatos específicos, de padrões de procedimento e de conceitos;
  • Compreensão: imprime significado, traduz, interpreta problemas, instruções, e os extrapola;
  • Aplicação: utiliza o aprendizado em novas situações;
  • Análise: de elementos, de relações e de princípios de organização;
  • Síntese: estabelece padrões;
  • Avaliação: julga com base em evidência interna ou em critérios externos.

As habilidades no domínio afetivo:

  • Recepção: percepção, disposição para receber e atenção seletiva;
  • Resposta: participação ativa, disposição para responder e satisfação em responder;
  • Valorização: aceitação, preferência e compromisso (com aquilo que valoriza);
  • Organização: conceituação de valor e organização de um sistema de valores;
  • Internalização de valores: comportamento dirigido por grupo de valores, comportamento consistente, previsível e característico.

As habilidades no domínio psicomotor:

  • Percepção: reconhece os movimentos essenciais;
  • Resposta conduzida: responde com coordenação motora fina e refinada a partir de treino;
  • Automatismos: automatizou movimentos reflexivos básicos na resposta;
  • Respostas complexas: elabora com desenvoltura e coordenação repostas a estímulos;
  • Adaptação: improvisa movimentos, adapta-se e readapta-se em diferentes situações;
  • Organização: organiza espontaneamente a partir de reflexos complexos respostas a estímulos.

De que forma a Taxonomia de Bloom está relacionada à Nova BNCC?

Para que se obtenha melhores índices na educação brasileira, é preciso planejar a aprendizagem a partir do desenvolvimento de competências, campos de experiências e habilidades. A Nova BNCC abrange 10 competências a serem adquiridas desde a Educação Infantil ao Ensino Médio, oportunizando a formação humana integral, ou seja, aprendizagens que articulam a construção de conhecimentos, com o desenvolvimento de habilidades, formação de atitudes e valores.

As 10 competências da Nova BNCC:

  1. Conhecimento;
  2. Pensamento científico, crítico e criativo;
  3. Repertório Cultural;
  4. Comunicação;
  5. Cultura digital;
  6. Trabalho e projeto de vida;
  7. Argumentação;
  8. Autoconhecimento e autocuidado;
  9. Empatia e cooperação;
  10. Responsabilidade e cidadania).

Cada uma das 10 competências apresentadas na Nova BNCC está articulada em dimensões e subdimensões que elegem as habilidades a serem desenvolvidas numa perspectiva relacionada à Taxonomia de Bloom. Desse modo, a cada nova aprendizagem é valorizado além da aquisição do conhecimento, a compreensão, aplicação, análise, avaliação e criação. Isso faz com que ele se transfigure em uma ação (atitude) que gera habilidades e novas posturas (valores).

Para que a educação integral seja desenvolvida é preciso que alguns vícios ainda presentes sejam eliminados. Em vez de dar a laranja e deixar o aluno explorar da casca até o suco, já é servido o suco pronto. Sem mencionar que todos devem tomá-lo ao mesmo tempo, ou seja, tempo de aprender igual.

Ao eleger o ensino baseado no desenvolvimento de competências é preciso ter clareza de que a oferta de diferentes modos de aprendizagem é uma exigência natural para que a competência se desenvolva nos alunos, já que a diversidade é uma realidade.

A BNCC vem para colaborar com as exigências atuais na construção de um novo modelo de ensino, que valoriza o desenvolvimento integral da pessoa, respeitando sua singularidade, onde a qualidade da educação é medida pelas competências desenvolvidas.

 

Com informações de:

 

 

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